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Energia que vem das ondas do mar

O governo do Ceará vai licitar em março o protótipo da primeira usina de energia elétrica movida por ondas marítimas do País. Com investimentos de R$ 3,5 milhões, ele vem sendo desenvolvido nos últimos dois anos pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Eletrobrás.

A idéia, segundo o professor da UFRJ Segen Estefen, é de que o modelo sirva de base para a construção de uma usina de 500 quilowatts (kW) no porto de Pecém, no Ceará. A usina poderá abastecer 200 residências, além de gerar energia para o próprio porto. Segundo ele, as primeiras estimativas indicam que o custo da energia gerada deverá ficar entre o valor do megawatt gerado por hidrelétricas e por fonte eólica (ventos).

Os estudos desenvolvidos pela Coppe avaliam que o País tem potencial para instalar até 15 gigawatts (GW) de usinas movidas a ondas marítimas. Esse volume equivale a 15% da energia consumida no Brasil. Além do Ceará, já foi identificado potencial para este tipo de usina nos estados do Amapá, Pará e Maranhão.

Leilões — O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, adiantou que estão em estudos dois leilões, ainda no primeiro semestre, para licitar as usinas de Jirau e Santo Antonio, ambas do projeto hidrelétrico do rio Madeira. A construção dessas unidades de geração de energia alternativa envolve investimentos totais de R$ 19 bilhões. (AE)