Governo federal vai dispor de US$ 3,3 bilhões, até 2008, para aplicação em novos programas. A Power Future 2005 – Fórum e Exposição de Energias Alternativas Renováveis no Brasil vai reunir de 3 a 5 de maio, no Centro de Convenções Edson Queiroz em Fortaleza (CE) especialistas, empresários e representantes de governo para conhecer as novidades do setor e debater as políticas estaduais e federais, abrindo ainda possibilidades para investimentos. Somente o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do governo federal, que prevê 3.300 MW de potência instalada, divididos entre geração com biomassa, eólica e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’’s), a os recursos estimados chegam a US$ 3,3 bilhões, até 2008, calcula o coordenador de Energia e Comunicações do governo do Ceará, engenheiro mecânico Adão Linhares Muniz.
No Ceará, a geração via programa deverá atingir 500 MW em eólica, (no Brasil todo são perto de 1,4 mil MW), com investimentos estimados em US$ 700 milhões, considerando o mesmo período. Os recursos previstos contemplam investimentos em fábricas de pás, montadoras de aerogeradores e de torres, adianta Linhares, também diretor do Centro de Energias Alternativas (Cenea) do Ceará, que tem lançamento marcado para 9 de maio, na Federação das Indústrias do Estado (Fiec). “No campo das energias renováveis, a eólica apresenta melhor desempenho, com crescimento de 30% ao ano no mercado mundial”, observa. De acordo com o especialista, em 1994, a geração de energia eólica no mundo era de 7 mil MW/ano e chega hoje a 47 mil MW de potência gerada.
Linhares estima em 10% a participação das energias alternativas na matriz energética brasileira, no prazo de 10 anos. A contribuição de fontes alternativas em 2003 atingiu o 3,3%, quase todos de PCHs e Biomassa, em especial. Até 2008, deverá chegar 6%, com 1% de eólica. Hoje, a matriz energética brasileira – somando a parte renovável e de hidroeletricidade – alcança 41%, sendo considerada uma das melhores do mundo.
O governo do Ceará trabalha para acrescentar na conta dos projetos estaduais outros 60 MW, com a instalação de duas usinas eólica de 30 MW, cada, financiados pelo Japan Bank for Internation Cooperation que, adicionados aos 17,4 MW das usinas da Prainha, Taíba e Mucuripe, já em operação, a aos 500 MW do Proinfa, corresponderiam a 1.700 GWh/ano. “Todos os projetos se encontram próximos à demanda, na região metropolitana de Fortaleza, evitando investimentos em transmissão e geração distante, da ordem de US$ 188 milhões”, afirma Linhares, ao observar que participação do Estado em geração eólica vai chegar a 36,2% do global, quando concluída a nova fase.
O Power Future inclui nesta segunda edição seminários e painéis paralelos, destacando temas como Biomassa, energias Solar, Eólica e de Ondas, Dessalinização, Aplicações P&D, entre e outros temas. A realização é conjunta entre o governo do Estado, Atlântico – Consultoria, Marketing e Produção de Eventos Ltda.