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Empréstimo para produção sustentável bate recorde

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Em seu segundo ano, o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) cumpriu seu objetivo. Com meta de atingir R$ 850 milhões entre julho de 2011 e junho de 2012, os empréstimos chegaram a R$ 1,5 bilhão, número muito superior ao esperado. Agora, para a nova safra, o Governo Federal espera liberar R$ 2 bilhões para financiar as práticas sustentáveis previstas pela iniciativa.

Diminuir a emissão de gases de efeito estufa foi um compromisso voluntário do Governo brasileiro, firmado durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em 2009, em Copenhagen, na Dinamarca. A proposta envolve diversos ministérios, como o do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Desde julho de 2011, as práticas financiadas são voltadas para a recuperação de pastagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta, sistema de plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e tratamento de dejetos animais.

Analisando o ciclo atual, os dois primeiros meses já apresentam resultados expressivos. Do crédito rural destinado ao programa, foram liberados R$ 398,8 milhões em julho e agosto – ou 11,7% dos R$ 3,4 bilhões disponibilizados pelo Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013. O volume é 357% superior ao contratado nos mesmos meses de 2011 (R$ 87,3 milhões).

Na safra 2011/12, foram firmados mais de cinco mil contratos em todo o País. São Paulo, que recebeu R$ 314,2 milhões, foi o estado com o maior valor liberado, seguido por Minas Gerais (R$ 256 milhões), Paraná (R$ 188,9 milhões), Goiás (R$ 172,9 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 168,2 milhões).

“Quanto mais conhecido se torna o programa, maiores serão nossas intenções futuras. Queremos que toda a verba disponível seja utilizada, mas é necessário que o produtor seja orientado sobre como apresentar os projetos para as instituições financeiras”, afirmou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. Ele se refere ao maior problema para a aprovação de empréstimos pelos bancos, que é a falta de conhecimento técnico para a elaboração das propostas.