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Empresas firmam acordo para produzir bio butanol de cana

A Rhodia assinou memorando de entendimentos com a empresa norte-americana Cobalt Technologies, para a produção de butanol renovável na América Latina a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Com isso a Rhodia pretende construir uma planta piloto em breve e substituir até 2015, o butanol importado, utilizado para produzir solventes, pelo produto renovável bio n-butanol. Em quatro anos a expectativa é que a produção atinja 200 mil toneladas e para isso será necessária a quantidade de 15 mil toneladas de cana.

A Cobalt desenvolveu uma rota bioquímica celulósica de produção do butanol renovável a partir de biomassa de bagaço de cana, cavacos de madeira e glicerina, que possui um custo 60% menor que o atual custo de produção do butanol feito de derivados de petróleo, segundo matéria publicada pela Agência Estado.

O presidente da Rhodia Coatis, Vicente Kamel, disse à Agência, que o local da planta ainda está sendo estudado e deve ser anunciado em até seis meses, mas será dentro ou nas proximidades de uma usina de cana-de-açúcar para que o acesso ao bagaço seja fácil e de baixo custo. “Preferimos o bagaço de cana porque o setor já está estabelecido no País há mais de 30 anos”, informou o executivo à Agência.

A Rhodia possui parceria com a Usina Paraíso Bioenergia para a cogeração de energia a partir do bagaço de cana, mas não foi confirmado se lá será o local da fábrica.