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Empresas chinesas podem fazer hedge na BM&F

Depois de anunciar nos últimos meses uma relação mais estreita com a China, a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) informou que no dia 24 de junho fechou um acordo com a bolsa chinesa de Zhengzhou para que as empresas estatais da China possam realizar operações de hedge (proteção) na bolsa paulista. A estatais chinesas tiveram autorização da entidade reguladora daquele país para realizar a transação.

No dia do anúncio, uma missão com delegação oficial de autoridades chinesas esteve na sede da BM&F, em São Paulo. Segundo a BM&F, a delegação conheceu o sistema de mercado derivativos do país e o ambiente de negociações das commodities com operação nos mercados futuros, inclusive os agropecuários.

A BM&F já possui parcerias semelhantes com a Shanghai Futures Exchange e a Dalian Commodity Exchange, ou seja todos os mercados futuros organizados da China continental.

Na Bolsa de Mercadorias de Zhengzhou, há 218 corretoras associadas. A bolsa negocia algodão e trigo.

A aposta de especialistas do setor é de que a China abra seu mercado de açúcar para os países mais competitivos em troca de vantagens comerciais, sobretudo a de bens industriais. A China teria interesse de abrir seu mercado de açúcar, uma vez que há poucos e ineficientes produtores no país. A produção local está em torno de 8 milhões de toneladas para um consumo em torno de 10 milhões de toneladas por ano.