Mercado

Empresários justificam reajuste do álcool

O empresário José Pessoa de Queiroz Bisneto, presidente do Grupo J. Pessoa, com 7 usinas de açúcar e álcool em todo País, e entidades sucroalcooleiras de Minas Gerais, Rio de Janeiro e do Centro-Oeste reuniram-se ontem, dia 11, para explicar os recentes reajustes do álcool combustível nas bombas.

Segundo o empresário, o setor sucroalcooleiro tem o compromisso de manter os preços do álcool combustível até 70% do praticado pela gasolina nas bombas e está cumprindo a meta. Desde 1997, quando o governo deixou de regular o setor, as cotações do álcool ficam entre 50% e 60% do da gasolina. Antes desse período, o álcool chegou a ser cotado a 85% do preço da gasolina, diz o executivo.

Os recentes aumentos do álcool hidratado e do anidro ocorreram em razão da elevação dos custos de produção, com a alta dos insumos, principalmente fertilizantes, e com a valorização da terra. Pessoa lembra que entre junho e julho os preços do álcool eram cotados abaixo do custo de produção. Segundo ele, em janeiro deste ano o litro do hidratado ficou em R$ 0,55, passando para R$ 0,60 em maio e caiu para R$ 0,30 em julho. O hidratado em janeiro estava a R$ 0,60, passando a R$ 0,78 em maio e para R$ 0,40 em julho.

O empresário informa que os reajustes ficaram abaixo do aumento dos outros combustíveis, como a gasolina e diesel. O último aumento da gasolina foi de 12%. A estiagem também reduziu a safra – estimada em 300 milhões de toneladas, o que restringiu a oferta e aumentou os custos, que foram projetados sobre uma safra maior.

Para Pessoa e empresários do setor, as distribuidoras de combustíveis aproveitaram o repasse da alta do petróleo para recompor a margem de lucro no varejo.

A próxima medida das usinas de açúcar e álcool do Centro-Sul do Brasil será o uso dos estoques de álcool destinados à exportação – um total de 1 bilhão de litros – para abastecer o mercado interno.

Para Pessoa, se o governo reduzir o índice de álcool na gasolina, hoje em 25%, os preços do combustível deverão ter outro reajuste. Segundo ele, o álcool contribui para não elevar os preços da gasolina.” A reunião do Centro Interministerial de Açúcar e Álcool (Cima) será na quarta-feira.

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