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Empresa lança culturas de sorgo para indústria de base biológica

A NexSteppe, empresa que desenvolve soluções sustentáveis em matéria-prima para as indústrias de base biológica, lançou seus primeiros produtos nos EUA e no Brasil. Trata-se dos híbridos de sorgo sacarino de Malibu e híbridos de sorgo de alta biomassa de Palo Alto, que surgem como uma alternativa avançada para empresas que buscam uma solução eficiente em termos de custo para a produção de biocombustíveis avançados e celulósicos, bioenergia e produtos de base biológica.

Recebendo o nome da cidade onde a empresa foi fundada, Malibu, os híbridos de sorgo sacarino foram otimizados para fornecer uma fonte facilmente acessível de açúcares fermentáveis para a produção de biocombustíveis avançados e produtos de base biológica. Os sorgos sacarinos Malibu podem ser usados como um complemento à cana de açúcar no fornecimento de matéria prima adicional para as usinas de transformação do açúcar em etanol.

Chegando a seis metros de altura com apenas quatro meses de crescimento, os híbridos de sorgo de alta biomassa Palo Alto fornecem matéria-prima de biomassa de alto rendimento e baixo custo para a bioenergia, incluindo biogás e biocombustíveis celulósicos. Concebido para ter níveis baixos de umidade na maturidade, os sorgos de alta biomassa reduzem significativamente a quantidade de água colhida, reduzindo os custos de colheita e transporte, que podem chegar a 50 por cento ou mais do custo total de matéria-prima. Níveis mais baixos de umidade também proporcionam uma maior densidade de energia eficaz para a combustão.

A diretora comercial da empresa, Tatiana Gonsalves, explica a importância do clima neste processo. “O verão proporciona um ambiente ideal de crescimento para o sorgo, otimizando seu crescimento vegetativo com acúmulo de açúcar na fase final do ciclo. Cultivado nesse período, representa uma possibilidade de extensão da safra da cana-de açúcar, pronto para oferecer matéria prima logo no inicio do ciclo e assim ajudar na amortização de custos fixos e melhor aproveitamento do parque industrial”.

Com o avanço do melhoramento genético e desenvolvimento agronômico, pode-se também entrar nas áreas de safrinha (culturas resultantes de plantios durante a entressafra), possibilitando um complemento extra de matéria prima, quando a usina já se encontra no período de safra. “Desta forma, podemos aproveitar o potencial agrícola da região. A possibilidade de se ter uma cultura com acúmulo de açúcar que atende a indústria e que pode ser plantada rapidamente em escala e cultivada por agricultores, representa para os novos projetos a possibilidade de matéria prima mais rápida e retorno do investimento em um espaço de tempo mais curto. Isso pode ajudar a alavancar uma onda de novas indústrias de etanol e energia elétrica em áreas de nova fronteiras”, afirma a executiva.