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Empresa holandesa aposta no mercado brasileiro de fontes alternativas

A Smulders Groep, fabricante holandesa de estruturas de aço, e a brasileira Eólica Brasil, desenvolvedora de parques eólicos, fecharam acordo para a criação de uma fábrica de torres eólicas no estado do Ceará. Denominada como Eólica Industrial, a fábrica marca a entrada do grupo holandês no Brasil. O acordo demorou alguns meses para ser selado, principalmente em função da incerteza quanto ao desenvolvimento do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas Elétrica.

No entanto, as perspectivas do grupo holandês com relação ao mercado de fontes alternativas começaram a mudar por conta da possibilidade da primeira encomenda de fabricação de torres eólicas no país. Segundo Ernani Eykyn Barbosa, diretor da Eólica Industrial, a expectativa é que o fabricante brasileiro feche seu primeiro contrato entre 30 a 60 dias. A partir desse prazo, a Smulders e a Eólica Brasil começarão as obras de instalação da fábrica brasileira. A intenção é implantar a unidade em um período de sete a oito meses.

“Alguns projetos eólicos ainda não deslancharam no Proinfa por questões como taxas de retorno, prazo de implantação dos empreendimentos e tarifa de energia. Mas já estamos nos colocando no mercado para viabilizar esses projetos”, explica Barbosa. Para instalar a Eólica Industrial, serão investidos R$ 40 milhões. Parte desses recursos será proveniente de financiamento do Banco do Nordeste ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Sem revelar o valor de financiamento pleiteado, o diretor conta que as negociações estão avançando e a previsão é fechar acordo com os bancos nos próximos dois meses. A Eólica Industrial também tem negociado junto ao governo do Ceará um terreno superior a 110 mil metros quadrados para instalação da fábrica no complexo industrial do Porto do Pecém, localizado a 60 quilômetros de Fortaleza.