A Maracajá Bioenergia fechou contrato com a LUCAS E3 — empresa norte-americana — para construir uma planta de produção de etanol de milho no município de Matupá (MT). A cidade fica há 680 km da capital Cuiabá. Com investimento estimado em R$ 250 milhões de reais a empresa já definiu o terreno onde será construída a planta. A primeira fase do projeto prevê alcançar uma capacidade de produção de 114 milhões de litros do etanol por ano. Além disso, A LUCAS E3, que fornece tecnologias, soluções e serviços para produção de etanol, contribuirá com o empreendimento aportando sua expertise no setor.
LEIA MAIS > Etanol de milho entra no radar das usinas
Cleocélio Assis Moraes é o CEO e acionista da Maracajá Bioenergia, juntamente com Osmar Dalla Costa, que é presidente do conselho. Moraes deu mais detalhes sobre o empreendimento, confira:
Em quanto tempo a planta ficará pronta?
Nossa programação tem como base o Licenciamento Ambiental, após isso acreditamos que no início do próximo ano [2021] iniciamos efetivamente a construção propriamente dita. Acreditamos que entre 13 a 15 meses devemos iniciar a produção na planta.
Qual será a capacidade de processamento?
Vamos ter duas fases no projeto, na primeira fase serão processados 750 toneladas dia de milho. Na segunda fase vamos dobrar a quantidade processada chegando nas 1.500 toneladas de milho/dia.
O momento de crise econômico por conta da pandemia do coronavírus mudou algo na programação?
Não alteramos a programação, mas sentimos que as informações que precisamos dos órgãos públicos têm demorado mais do que o comum. No restante, esta tudo dentro do programado. Inclusive, acreditamos na retomada da economia imediatamente à pós pandemia, e consequentemente uma melhora no mercado onde vamos atuar. Por isso nosso planejamento não mudou, estamos confiantes no trabalho da área econômica do governo.
E quanto ao preço do milho, alguma preocupação?
Sobre o preço das comodities, acreditamos que as variações vão continuar, faz parte da oferta e demanda. Neste sentido já temos algumas estratégias definidas para um cenário pessimista.
De onde virá o milho que será processado?
A região onde Matupá está centraliza planta 500 mil hectares, podendo chegar a 3 milhões de hectares nos próximos anos.
Quanto a planta produzirá de etanol?
Na primeira fase cerca de 114 milhões de litros/ano e na segunda fase aproximadamente 227 milhões de litros anualmente.
Baixe o PDF da edição de maio/20 do JornalCana clicando aqui.