Em 2013, a Embrapa Agroenergia ganhou um apoio para a pesquisa com microrganismos em busca da produção de etanol celulósico (2G). Trata-se do início de um projeto de pesquisa que integra ferramentas de Genômica Funcional, Transcriptômica e Metabolômica. Por meio delas, os pesquisadores irão criar uma base de dados e utilizá‐la na definição de alvos para o melhoramento genético de espécies de leveduras, com o objetivo de obter boas fermentadoras de xilose.
O etanol é produzido por meio da fermentação dos açúcares por leveduras, sendo que Saccharomyces cerevisiae é a mais eficiente delas. O problema é que essa levedura não consegue fermentar a xilose, açúcar presente nas matérias‐primas para etanol 2G – no bagaço da cana ela chega a representar 33% do total de açúcares.
Em todo o mundo, cientistas estão se valendo da engenharia genética para desenvolver linhagens recombinantes de Saccharomyces cerevisiae ou tornar espécies naturalmente fermentadoras de xilose bastante produtivas e robustas para serem utilizadas com eficiência em processos industriais.
Os dados obtidos darão suporte a programas de melhoramento de microrganismos, especialmente a dois trabalhos em andamento na Embrapa Agroenergia focados na obtenção de linhagens a ser utilizadas na produção de etanol celulósico (2G).