Pesquisadores brasileiros querem evitar o aparecimento da Ferrugem Laranja (FL) nos canaviais brasileiros. A praga que ataca a cana-de-açúcar se instalou há dois anos na produção da Flórida, nos Estados Unidos.
Para que a ferrugem não chegue ao Brasil, o Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (LABEX), nos Estados Unidos, coordenou a participação brasileira no Workshop “Ferrugem Laranja em cana-de-açúcar do Estado da Flórida”.
Além disso, desde janeiro pesquisadores brasileiros executam o projeto de pesquisa “Mapeamento de Riscos e Monitoramento para Ferrugem Laranja (Puccinia Kuehnii) da Cana-de-açúcar”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com recursos do Ministério da Agricultura.
De acordo com o site da Embrapa, o pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Marcelo Camperi apresentou o plano de ação para prevenir perdas caso a ferrugem chegue ao Brasil. “Não há como precisar quando a praga chegará ao País. A FL foge ao controle, pois o esporo do fungo é transportado pelo vento”, explica a empresa no site.
A entrada da praga no Brasil, segundo o pesquisador das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) Éder Giglioti, pode ocorrer da África para o Nordeste brasileiro ou da América Central para a Colômbia, de onde seguiria para São Paulo ou Paraná, maiores estados produtores da cana.
A ferrugem é uma doença muito antiga, presente durante anos apenas no sudeste da Ásia e Oceania, sem qualquer impacto econômico. “Em 1999, chegou à Austrália, onde, entre 2000 e 2002, reduziu em 20% a produtividade. Em julho de 2007, surgiu no continente americano, inicialmente na Flórida. Dois meses depois, apareceu na Guatemala e países vizinhos.”