O Porto de Paranaguá será o principal canal de escoamento do algodão produzido no Brasil. Estimativas da Associação Matogrossense de Produtores de Algodão (Ampa) dão conta de que neste ano a maior parte das 450 mil toneladas produzidas no País serão exportadas pelo terminal paranaense. Depois de três anos sem enviar suas cargas ao mercado externo, os cotonicultores brasileiros voltaram a exportar sua produção e, no ano passado, movimentaram perto de 180 mil toneladas.
Em visita à APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), o vice-presidente da Ampa, João Luiz Ribas Pessa, afirmou que o incremento de 150% previsto para este ano é resultado de diversos fatores que incluem, entre outros pontos, o compromisso do Porto de Paranaguá em manter a qualidade e a eficiência dos embarques. “Utilizamos o terminal paranaense por questões como a logística do frete, visto que o fertilizante que utilizamos, também vem através do Porto de Paranaguá. Nas reuniões que mantivemos com operadores e com a APPA observamos o comprometimento de todos com a qualidade”, disse Pessa.
Em reunião com o diretor empresarial da APPA, Orsival Francisco, o cotonicultor destacou a tradição do Porto de Paranaguá em exportar o algodão cultivado em estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Bahia. A preocupação com o aumento na movimentação levou os produtores a procurarem a administração portuária cinco meses antes do chamado pico de exportação, que ocorre entre os meses de junho e outubro, podendo se estender até novembro.
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“A tendência é que o Porto de Paranaguá continue sendo o principal porto para exportação de algodão. Precisamos ter uma perfeita sintonia entre os elementos que compõem a cadeia logística, porque quando vendemos lá fora, vendemos o algodão do Brasil e não de um determinado Estado, portanto, devemos ser eficientes como um todo”, comentou o vice-presidente da Ampa, entidade que hoje agrega mais de 80% dos produtores do Brasil.
Atualmente, os principais compradores do algodão brasileiro são a Ásia e a Europa, mas boa parte das tradings internacionais que usualmente adquiriam o produto dos EUA, Austrália e Argentina, hoje estão optando em substituir estes mercados pelo algodão brasileiro. (Fonte: ASSCOM – APPA)
