O chamado “caos logístico” no país não vive apenas de filas de espera em portos ou estradas e ferrovias mal conservadas. O DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, por exemplo, esta em greve desde o dia 25 de junho.
Os trabalhadores buscam o reposicionamento da autarquia nos mesmos patamares das demais carreiras do Poder Executivo. De acordo com Sandro Incerti, analista administrativo do DNIT, a remuneração oferecida se encontra muito abaixo do ideal. “O DNIT sofre de um canibalismo em suas carreiras, já que outras, consideradas estratégicas, têm remuneração bem além das praticadas aqui. Isso enfraquece nossa área e a torna não atrativa”.
Por determinação do STJ – Superior Tribunal de Justiça, os manifestantes mantém um efetivo de 50% dos colaboradores em serviço. Contudo, Incerti afirma que 100% dos trabalhadores aderiram a greve. “Para se ter ideia, foi aberto um concurso no início do ano onde apenas metade das vagas foram preenchidas. Isso não por falta de candidatos, mas porque os que tem o perfil que a autarquia necessita, se encontra em outras áreas”, afirma.
Por fim, o trabalhador diz que os manifestantes estão abertos ao diálogo, desde não seja algo imposto pelo governo. “Trata-se de uma negociação, onde ambos os lados podem ceder. Mas, enquanto o governo nos impor determinada situação, manteremos o manifesto”.