O primeiro-ministro inglês, Tony Blair, defendeu, num discurso em Davos para centenas de líderes políticos e empresariais do mundo, a abertura de mercado e o fim dos subsídios no comércio de algodão e de açúcar. Com isso, Blair apoiou – sem citar o país – abertamente o Brasil, exatamente nas duas maiores disputas do governo brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O Brasil ganhou recentemente na OMC uma disputa contra os EUA, devido aos subsídios americanos a seus produtores de algodão, e outra contra o regime de açúcar subsidiado da União Européia (UE). As duas disputas estão sendo contestadas.
– Eu vou ser franco sobre questões de comércio: nós temos que abrir nossos mercados, cortar nossos subsídios, inclusive nos itens controversos, como algodão e açúcar – disse o líder inglês.
Em outro momento, o Brasil foi citado por Blair no discurso. Ele disse que a reunião do G-8 (o grupo dos países mais ricos do mundo e a Rússia), que vai acontecer em julho, em Gleneagles, na Grã-Bretanha, “precisa trabalhar com países em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil e África do Sul”.Segundo Blair, esta parceria é necessária para ajudar estes países a crescerem e se desenvolveram como economias que emitem pouco dióxido de carbono (CO2), que é o principal gás poluente da atmosfera.