A Eletrocell busca novos clientes para comercializar célula a combustível no país. Na avaliação da empresa, a tecnologia pode ser uma boa saída para atender a necessidade de crescimento de 20 GW até 2008 no Brasil.
Segundo Gerahrd Ett, diretor da Eletrocell, no mundo inteiro, já foram desembolsados US$ 6 bilhões para desenvolver esse tipo de tecnologia. A estimativa é que, até 2010, mais US$ 10 bilhões sejam liberados para comercializar células a combustíveis.
“Sabemos da necessidade do país em gerar energia elétrica para atender a demanda futura. Acreditamos que a tecnologia de célula combustível pode participar com até 1% do total previsto até 2008, se tivermos uma produção em escala”, ressalta o diretor, lembrando que, atualmente, existem protótipos de célula a combustível em todo o país, mas não há uma produção em série que estimule a comercialização.
Segundo Ett, com uma produção seriada dessa tecnologia, é possível oferecer um preço de R$ 120 para o MWh de energia proveniente de célula a combustível.
Na semana passada, a Eletrocell inaugurou a primeira célula a combustível de alta potência na Universidade de São Paulo. O projeto, orçado em R$ 1,75 milhão, é uma parceria com a Eletropaulo (SP) e tem capacidade para gerar, inicialmente, 30 kW.
O projeto contou ainda com recursos provenientes da Fapesp (R$ 370 mil), para o desenvolvimento da tecnologia; e da Finep (R$ 150 mil), para a parte de infra-estrutura e equipamentos.