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Eficiência e qualidade marcaram presença de Maurílio Biagi no setor

Se o cerrado paulista é atualmente o principal centro sucroalcooleiro do mundo, muito se deve ao empresário Maurílio Biagi (1914-1978), que iniciou sua vida no setor em 1933, quando trabalhou como responsável pela pesagem da cana entregue por carroceiros na Usina da Pedra (Cravinhos, hoje Serrana – SP), de propriedade do pai Pedro Biagi. Um ano depois assumiu a gerência agrícola. No terceiro ano passou também a supervisionar a moagem e, em 1936, tornou-se gerente geral da usina.

Segundo sua biografia, escrita pelo jornalista Geraldo Hasse (Maurílio Biagi, O Semeador do Sertão), aos 22 anos de idade, recebeu do pai o comando da Usina Santa Elisa (Sertãozinho – SP), onde promoveu uma autêntica revolução agrícola (eficiência e produtividade), e ainda contribuiu de forma efetiva para a busca de independência tecnologia do setor através da adaptação e desenvolvimento de equipamentos para o plantio, a colheita, o transporte e o processamento industrial da cana.

A confirmação pode ser feita através da diversificação de investimentos, como para a instalação da Zanini (Sertãozinho – SP), em parceria com Ettore Zanini, criada em julho de 1950 como calderaria, serralheria e oficina geral. E mesmo predisposto a guardar distância dos governos, Maurílio Biagi animou-se com o planto de metas do governo JK (Juscelino Kubischeck – 1956 a 1961), incorporando aos seus negócios o slogan “Crescer 50 anos em 5”, tanto que continuou investindo na expansão empresarial com a instalação de novas usinas em parceria com outros empresários, diversificando sempre dentro do agronegócio e mantendo uma das suas máximas: “A tarefa mais importante de uma empresa é formar pessoas”.