“Por favor, não falemos em números”. Foi se manifestando assim que um amigo meu, experimentado empresário nos Estados Unidos, iniciou um diálogo comigo num destes dias de janeiro.
Com uma grande visão lateral, este empresário é um cidadão indiano, radicado há muitas décadas nos Estados Unidos e responsável por desenvolvimento de novos negócios globais para uma multinacional do setor de transportes. Ou seja, apresenta credenciais para refletir sob influência de uma grande amostra do universo econômico que vivemos.
Reconheceu-se perdido entre tantos números, estatísticas e previsões, tão díspares quanto Davi e Golias. “Como uma borboleta na tempestade”, diria Horácio. Eu, menos privilegiado nas informações cedi aos argumentos e também parei de pensar em números. Decidi pensar em trabalho, apenas trabalho.
Assim penso que será a safra de 2009, uma safra de muito trabalho.
Sabemos que vamos ter dificuldades e teremos que vencê-las. Muitas usinas tiveram uma parada curta na entressafra, algumas outras nem pararam. Suas máquinas estão cansadas. Muitas economizaram mais do que deviam nas reformas e iniciam a safra com menos saúde técnica do que usualmente fazem. E sem contar as chuvas, que prometem judiar um pouco da matéria-prima, teremos ainda as dificuldades de reposição de estoques.
Ou seja, muito trabalho pela frente. Nós da SERQUÍMICA reconhecemos que temos muito a fazer. Estamos nos preparando para colocar uma equipe extra de técnicos em campo. Estaremos iniciando nossa safra convictos que a única solução que nos cabe, além de responsabilidade, é estar ao lado do cliente e trabalhar dobrado.
E vamos começar já, tentando melhorar desde o começo. Por exemplo, desenvolvemos um bom trabalho tecnológico na nossa família de nutrientes e visamos um programa de multiplicação de fermento para aliviar os custos de partida dos processos fermentativos. Trabalhamos num calendário harmonizado com as necessidades das usinas em função das variações estatísticas da matéria-prima por região produtiva e aumentamos a família de insumos básicos para preparar as possíveis instabilidades de moagem.
Estas e mais algumas medidas estratégicas são um enorme trabalho, mas que certamente tranqüilizam a consciência e contribuem para reduzirmos as dificuldades dos nossos usuários.
E isto nos autoriza a ser otimistas. Quanto mais úteis formos, mais reconhecimento virá, e isto significa sustentabilidade e crescimento para nossa jovem equipe. É assim que estamos pensando.
É assim que esperamos que seja a safra 2009. Com dificuldades, muito trabalho, mas também de grandes oportunidades. Especialmente para as proveitosas parcerias de lealdade com nossos clientes.
Há muito o que fazer. Ao trabalho!