A multinacional norte-americana DuPont inaugurou hoje um centro de inovação e tecnologia em Paulínia, na região de Campinas, no interior de São Paulo. A companhia investiu no novo polo cerca de R$ 4,5 milhões, onde serão estudadas e desenvolvidas tecnologias nos setores sucroalcooleiro, automotivo, alimentício, químico, entre outros. Um dos principais focos do novo laboratório será o desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração, tendo em vista a demanda do mercado europeu. Na nova unidade, serão estudadas três técnicas para implementar tecnologia de ponta e reduzir a emissão de gases de efeito estufa. A primeira dela está focada na transformação da celulose em etanol, e a segunda, na criação de um aditivo de diesel, também composto por etanol. Também será pesquisado o desenvolvimento de biobutanol. O presidente da DuPont América Latina e vice presidente global para mercados emergentes, Eduardo Wanick, explicou as razões do investimento em biobutanol. Segundo ele, o produto apresenta aproveitamento de energia 27% maior do que o etanol de cana-de-açúcar. Além disso, não absorve e não se mistura à água. “É uma pesquisa importante, em especial para mercados que ainda não adotaram o etanol”, disse Wanick. De acordo com ele, esse combustível pode ser distribuído por meio dos mesmos dutos utilizados para outros combustíveis, como a gasolina. “Acreditamos que o Brasil pode se transformar em plataforma de exportação desses combustíveis de segunda geração”, acrescentou Wanick. Ainda este ano, a DuPont deverá lançar uma planta piloto na Inglaterra, onde deve produzir o biobutanol feito a partir do trigo. Essa será a primeira planta da empresa a produzir biobutanol. A partir das pesquisas no mercado brasileiro com a cana, a DuPont espera inaugurar uma planta piloto para produção de biobutanol no País em 2012. “Nosso foc! o em inovação é um plano de longo prazo, que acompanha as demandas de mercado. A junção de tecnologia e novos produtos deve ser explorada e ainda há muito espaço para crescer nos países emergentes”, comentou o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Dupont, John Julio Jansen. A empresa criou em 2003 um projeto de inovação e tecnologia voltado para países emergentes. Desde então, as vendas nesses mercados já representam 25% do faturamento total da empresa, que foi US$ 30 bilhões em 2008. Jansen destacou, ainda, que a demanda por tecnologia é tão forte que o centro de pesquisa foi inaugurado hoje, mas o grupo já planeja a ampliação das instalações para pesquisa em biocombustíveis.
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