Dos 850 milhões de pessoas em risco de fome no mundo, 550 milhões são camponeses, por causa do dumping promovido por empresas multinacionais. Esta foi a declaração do ativista francês José Bové, um dos escolhidos pelo fórum para oficialmente entregar ontem no Fórum da Sociedade Civil, um documento ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Os movimentos sociais e ONGs reuniram no documento o pedido para que as Nações Unidas atuem na garantia de um mercado agrícola mundial mais justo.
“Essa iniciativa poderia garantir que os preços de produtos agrícolas no mercado mundial não fossem inferiores a valores locais relativos a custos de produção específicos”, explica Bové, representante da Via Campesina, entidade internacional de pequenos agricultores.
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Segundo o ativista, os casos em que essa diferença de preços acontece são geralmente decorrentes do fato da produção e a comercialização de produtos como café, soja, açúcar e banana serem dominadas por um peqeuno número de empresas.
Bové diz também que os subsídios agrícolas aplicados pelos países desenvolvidos não beneficiam pequenos agricultores, e sim essas empresas multinacionais.
