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Dreyfus enxuga custos e investe em mecanização na Paraíba

Em pouco mais de duas semanas começa mais uma temporada de corte de cana no município de Pedras de Fogo (PB). Pelo segundo ano consecutivo, os trabalhadores da usina Giasa, comprada em 2007 pelo grupo francês Louis Dreyfus, assistirão à performance de uma máquina com capacidade de colher 700 toneladas de cana por dia.

Em pleno desenvolvimento no Centro-Sul do país, a colheita mecanizada ainda engatinha no Nordeste, onde a irregularidade dos terrenos dificulta a operação das máquinas. Apesar disso, a substituição dos cortadores já é uma realidade e deve continuar avançando em ritmo acelerado na região.

Em Pedras de Fogo, que tem a Giasa como principal atividade econômica, a racionalização feita pela Dreyfus desagradou a parte da população. O chefe de gabinete da prefeitura, Manoel Virgolino dos Santos, diz ter ouvido queixas sobre as demissões e terceirizações realizadas pelo grupo francês.

Os comerciantes locais afirmam que a reestruturação feita pela Dreyfus afetou negativamente a economia da região. “Eles deixaram de contratar pessoas daqui, e o movimento caiu bastante”, conta Joaquim Trajano, diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itambé (PE), município vizinho a Pedras de Fogo. O órgão representa os comerciantes das duas cidades.