Por Mônica Magalhães
O JornalCana entrevistou com exclusividade o novo executivo de decisões da Copersucar, Cássio Domingues Filho, no dia 1° de agosto em Santos, durante a inauguração do Terminal Açucareiro da Copersucar.
JornalCana — O que um executivo do setor de fertilizantes está fazendo na Copersucar?
Cássio Domingues Filho — Venho para trazer toda a minha experiência na gestão empresarial que adquiri no mercado. (Domingues trabalhou durante 25 anos na Cargill)
JC — Como o senhor foi parar na Copersucar?
Domingues — Fui contatado por um “head-hunter”. Achei a proposta interessante e pela primeira vez, depois de muitos anos, vou trabalhar em um companhia de capital nacional.
JC — Qual sua experiência hoje em açúcar?
Domingues — Até eu chegar na Copersucar (está na companhia há quase 30 dias), meu contato com açúcar era o de consumidor mesmo. Fico surpreendido com o potencial que o Brasil tem, considerando seus baixos custos de produção, e o vasto campo para o mercado de álcool. Somos referencial no mundo.
JC — Quais seus principais desafios neste momento?
Domingues — Fui contratado como CEO pela Copersucar e vou trabalhar no comando operacional da companhia e cuidar também dos novos negócios da empresa em parceria com a competente equipe da empresa.
JC — Há possibilidade de aplicar sua experiência adquirida na Cargill na Copersucar?
Domingues — Sempre há. Fiquei na multinacional por 25 anos – boa parte deste período nos Estados Unidos. Trabalhei em praticamente todas as áreas da companhia. Entendo de gestão empresarial e estou em uma das maiores empresas do mundo e esse é um grande desafio.
JC — Como o senhor encara o processo aberto pelo Brasil, Austrália e Tailândia na OMC?
Domingues — A competitividade do Brasil incomoda os países produtores mundiais. Temos que discutir a abertura de mercado. Não podemos ficar sujeitos a tarifas proibitivas, como são impostas no mercado mundial.
JC — A Copersucar vai brigar pelo mercado internacional de álcool?
Domingues — Se tivermos mercado para negociar o álcool, vamos negociar sim. O país tem competitividade, com baixos custos, e condições de negociar o produto em larga escala.