Após emendar duas altas e registrar a maior cotação do ano, o dólar abriu nesta sexta-feira com nova valorização, de 0,24%, cotado a R$ 3,674 para venda e R$ 3,664 para compra. As atenções se concentram no cenário internacional e na decisão da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre uma intervenção militar no Iraque.
Às 13h15 (hora de Brasília), o chefe de inspeção de armas da ONU, Hans Blix, apresenta ao Conselho de Segurança do organismo internacional suas conclusões sobre o Iraque após uma visita no fim de semana ao país acusado pelos EUA de manter armas de destruição em massa.
O depoimento deve servir de base para a ONU se decidir sobre a intervenção, que os EUA defendem como única forma de desarmar o país mas a qual a França, a Alemanha, a China e a Rússia se opõem e prol de uma saída diplomática.
Mesmo assim, os EUA, embora tenham se disposto a aguardar a resolução da ONU, afirmam que atacarão mesmo que sozinhos se necessário.
Além do impasse diplomático, uma guerra no Iraque, país que abriga a segunda maior reserva de petróleo do mundo, acarretaria consequências econômicas drásticas já que o país é dono da segunda maior reserva de petróleo do mundo.
Uma análise feita em janeiro pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington e citada no mesmo mês por Martin Wolf, articulista do jornal britânico “Financial Times”, colocava em US$ 40 o preço do barril de petróleo este ano para uma guerra que demore de seis a 12 semanas (até três meses portanto) com danos limitados sobre as reservas petroleiras.
Esse cenário, que à época do estudo era considerado o intermediário, com probabilidade de 30% – contra 60% de uma guerra de até seis semanas e de 10% de um conflito que se alongue por um semestre – torna-se o mais provável no caso de os EUA não obtenham apoio. O petróleo, que na época batia nos US$ 30, já superou, em cerca de um mês, os US$ 35 por barril.
(www.folha.com.br)