Até julho, a redução no consumo de energia elétrica pelas residências chegou a 12,1%. Mas não são apenas os novos hábitos da população pós-racionamento que estão por trás da queda.
A forte elevação das tarifas, que nos últimos sete anos foi de 160%, é outro ingrediente que está fazendo as famílias reduzirem o uso da energia, especialmente nos últimos meses com a queda da renda real dos trabalhadores. Como os preços devem continuar elevados, o cenário tende a persistir.
Empresários do setor começam a perceber que o bolso do consumidor não aguenta mais altas e que a atual estrutura tarifária precisa de urgentes mudanças. A principal queixa é que, no sistema atual, os tributos representam 40% das tarifas, enquanto apenas 27% são destinados à remuneração dos acionistas. (Valor Econômico)