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Distribuidora vai testar carros elétricos

A Ampla, distribuidora de energia elétrica no interior do Rio, vai incluir carros elétricos em sua frota como primeiro passo para investir nesta nova tecnologia e aumentar suas vendas. Segundo o presidente da companhia, Marcelo Llèvenes, serão importados até 2007 três modelos movidos a energia elétrica para serem os pilotos de testes que a companhia pretende realizar neste segmento.

Hoje, a empresa utiliza 1,8 mil carros e, de acordo com Llèvenes, a substituição completa seria inviável pelo custo do veículo, que ainda não é fabricado no Brasil. O preço de um carro elétrico, segundo ele, deve ficar em torno de 15% a 20% mais alto que o do modelo movido a gasolina, quando fabricado em escala, mas no caso destes primeiros protótipos o valor varia entre R$ 50 mil e R$ 70 mil.

A principal vantagem, explicou o executivo, é que o carro deve ter uma despesa com combustível equivalente a um terço do que seria gasto com gasolina. Os primeiros testes realizados pela Petrobras e o Instituto Nacional de Energia Elétrica (Inee) com este tipo de veículo no Brasil mostram que, para percorrer 20 mil quilômetros por ano, um carro movido a gasolina gastaria em média R$ 400 por mês. Já o modelo movido a eletricidade consumiria pouco mais de um terço deste valor, algo em torno de R$ 140.

Para a empresa, apostar numa expansão do carro elétrico no Brasil, em substituição aos derivados de petróleo e gás natural, tem a vantagem de que um veículo de passeio médio representaria um consumo de energia equivalente ao de uma residência, “sem os custos de instalação da rede elétrica, que giram em torno de R$ 1 mil”, ressaltou Llèvenes.

A idéia, segundo ele, é que a Ampla atue não somente como fornecedora de energia, mas também instalando equipamentos para recarregamento da bateria em postos de combustíveis. “O recarregamento das baterias também poderá ser feito pelo motorista na própria casa, durante a noite, como faz com o telefone celular”, disse, lembrando que uma bateria pode durar até 12 horas e o veículo, por ser híbrido, também pode ser movido a gasolina em casos de emergência de descarregamento da bateria.

A adoção deste modelo de veículo na própria frota pode ser uma tendência das distribuidoras de energia elétrica, que vêem neste segmento um excelente nicho de expansão de receitas. A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que atua no interior de São Paulo, também já havia anunciado sua intenção de incorporar modelos semelhantes em sua frota.

Tanto na Ampla como na CPFL, entretanto, ainda não há a definição dos modelos a serem importados. Detêm esta tecnologia, a Peugeot, a Citrokn e a Fiat, além da norte-americana GM e da japonesa Honda.

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