Ricardo Simões de Abreu, diretor de tecnologia da Mahle Metal Leve, defende o uso de motor elétrico híbrido com etanol para conter as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
“Esse é um caminho para reduzir as emissões”, disse Abreu durante palestra no Sugar & Ethanol Brazil na tarde de quinta-feira (26/04). O evento, que termina nesta sexta-feira (27) em São Paulo, é promovido pela F. O. Licht.
Segundo o executivo, o motor de combustão interna não compete, mas complementa a eletrificação. “Não é questão de um ou outro, mas de um e outro utilizados da melhor forma.”
Não há competição entre motor de combustão interna, que só levou a culpa pela emissão de CO2 porque o combustível que usa hoje produz CO2″, afirmou. “Mas se usar etanol, isso não ocorre mais.”
O caminho, destacou, é a combinação bio: motor híbrido com eletricidade e etanol.
“Temos uma vocação no Brasil diferente do resto do mundo que merece ser explorada. Não digo que será um ou outro, porque a combinação do caminho bio é muito forte”, disse no evento da F. O. Licht. “O que temos que fazer para que isso ocorra de forma ordenada.”
Abreu lembrou que a eletrificação virá, mas a taxa de reposição da frota, a velocidade de substituição irá demorar. “E a questão do aquecimento global não pode esperar, por isso o caminho bio é complementar e muito importante para conter as emissões de GEE”, comentou.