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Dilma diz que Rio+20 não pode ser um debate 'fantasioso'

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta quarta-feira, que o Brasil é um país diferenciado na questão ambiental e tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o que dá ao governo condições de assumir um papel de liderança na Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Dilma defendeu que a Rio+20 seja uma conferência que dê respostas reais aos problemas e não um fórum que discuta a “fantasia”.

A presidente destacou que a conferência será um ponto de partida, no qual os principais desafios que o mundo terá de enfrentar neste século se cruzarão, entre eles o problema das mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade, a produção de alimentos, o acesso a água e a redução da pobreza.

– Vamos propor um novo pa radigma de crescimento que não pareça etéreo e fantasioso. Ninguém aceita discutir a fantasia. Eu tenho que explicar para as pessoas como é que elas vão comer, como é que elas vão ter acesso a água e a energia – discursou Dilma, afirmando que não é realista achar que o mundo todo será abastecido com energia eólica e solar.

A presidente destacou que o país tem quase 50% de sua matriz energética renovável e que, a conferência tem de ter ao mesmo tempo liderança e humildade para mostrar que é possível crescer e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo. Além das hidrelétricas, Dilma afirmou que o Brasil “teimou” em ter um plano de etanol. Segundo ela, o país pode ser tornar uma das maiores economias do mundo sem degradar seus recursos naturais, num modelo que chamou de círculo virtuoso.

O discurso foi feito a uma plateia formada majoritariamente por ambientalistas, presentes a uma reunião do Fórum Brasileiro sobre Mudanças Climáticas, que reúne a sociedade civil e cientistas.