Nos últimos anos, o Dia Mundial do Meio Ambiente tem servido para que entidades ambientalistas protestem contra a letargia dos governos para encontrar soluções que amenizem os impactos do aquecimento global sobre o planeta. As alterações climáticas provocadas pela poluição desenfreada também despertam, cada vez mais, um sentimento de conscientização na sociedade.

Nem tudo está perdido. Porém, é necessário que todos se unam para combater um mal que pode afetar as futuras gerações.

No ano passado, nações industrializadas produziram relatórios sobre as transformações sociais e econômicas que atingirão nosso planeta nas próximas décadas provocadas pelo aquecimento do planeta.

Em todos os documentos, os cientistas faziam questão de deixar claro que a maioria destas catástrofes poderia ser revertida.

Segundo eles, o trabalho tem que começar imediatamente e não pode haver economia de recursos financeiros.

Ocorre que alternativas como o etanol brasileiro encontra barreiras em países desenvolvidos porque vai alterar a cadeia de produção e deixar para trás um modelo que ainda se acreditava que perduraria por séculos.

Também não se pode ignorar o problema da escassez água potável, que afeta mais de 2 bilhões de pessoas no mundo. A questão do lixo é outro ponto nevrálgico desta discussão.

No Brasil, infelizmente, o Estado mais poluidor do país nada faz para reverter esta situação. Em apenas um ano, o governo de São Paulo vetou dois projetos importantes para a preservação do planeta. O primeiro obrigava o comércio a adotar as sacolas plásticas oxibiodegradáveis. E o outro obrigava o Estado a equipar prédios públicos com equipamentos para pôr em prática o reúso da água em um período de dez anos.

Que neste 5 de junho as pessoas tenham a noção de que colaborar com esta batalha no dia-a-dia, economizando água, separando o lixo reciclável e evitando as sacolas nos supermercados. Mais que isso, devem aproveitar o momento para cobrar uma postura mais firme das autoridades.

Sebastião Almeida é deputado estadual pelo PT, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Água e presidente da comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa de São Paulo