O governo deixou de arrecadar R$ 64,350 bilhões entre janeiro e outubro deste ano em função das desonerações promovidas na folha de pagamento, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis, Cide combustíveis e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito de pessoa física. No acumulado do ano passado, a perda de receitas com desonerações foi de R$ 36,799 bilhões.
Dos R$ 64,350 bilhões que o governo abriu mão neste ano, R$ 12,591 bilhões se referem à redução de arrecadação devido à desoneração da folha de pagamento para vários setores da economia. No caso da cesta básica, a desoneração causou impacto negativo de R$ 5,321 bilhões na arrecadação.
Também contribuíram para a diminuição da coleta de tributos a Cide-Combustível (R$ 9,567 bilhões); IPI-Total (R$ 9,227 bilhões) e redução na tributação de Participação no Lucro e Resultado (PLR), com renúncia fiscal R$ 1,419 bilhão.
Apenas em outubro, essas desonerações afetaram negativamente a arrecadação em R$ 7,163 bilhões, sendo que a desoneração da folha de salários respondeu por R$ 1,418 bilhão, seguindo por cesta básica (R$ 721 milhões), nafta e álcool (R$ 271 milhões), tributação do PLR (R$ 142 milhões) e transporte urbano (R$ 107 milhões), entre outros.