
Durante sua participaçãono painel “Energias para um Novo Mundo,” evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, Eduardo Leão, diretor executivo da Unica, falou sobre a importância dos derivados da cana na consolidação de uma matriz energética sustentável. Segundo a palestra, esses produtos, que já respondem por quase um quinto de toda a energia produzida no Brasil, podem contribuir desde que as condições de mercado garantam a sua competitividade.
Para ele, o evento Rio+20 é uma clara demonstração da preocupação global com a busca por novas fontes de energia, limpas e renováveis. “O grande desafio, além da sustentabilidade na produção, é garantir a competitividade, o que necessariamente passa pela formulação de políticas públicas com regras claras e estáveis” ressalta o diretor.
Ele explica que o Brasil já obteve a partir do desenvolvimento do maior programa de substituição de combustíveis fósseis por renováveis do planeta, e o potencial de avançar ainda mais nessa direção.“Além do combustível limpo, a cana também gera bioeletricidade a partir da queima do bagaço, que já é responsável por eletricidade equivalente ao consumo de cinco milhões de residências, ou pouco mais de 10% da população brasileira. Número que em 2020 poderá atingir 20% da demanda nacional, um volume que corresponde ao consumo anual de energia elétrica de um país como a Holanda, ou três usinas como a de Belo Monte,” ilustra Sousa, em nota da entidade.