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Deputado quer aperfeiçoamento de projeto de lei que obriga diversificação de culturas no canavial

O deputado Adilson Barroso (PTB), ex-cortador de cana e colhedor de algodão e amendoim, antes de pedir vistas do projeto de Lei 143/02, que obriga às propriedades rurais que cultivam cana-de-açúcar que reservem 20% dessa área para o plantio de outras culturas, pediu o aperfeiçoamento do tema.

De acordo com ele, é preciso discutir mais o assunto para não provocar problemas à economia de São Paulo e aos produtores que têm safras futuras comprometidas, além do perigo de desabastecimento de álcool combustível.

A objeção, que aconteceu durante a reunião na Assembléia Legislativa no dia 3 de setembro, não se refere ao percentual estabelecido, mas aos aspectos técnicos que devem ser levados em consideração.

Barroso afirma que a terra usada para plantar cana fica, ao final de algum tempo, desgastada e requer, realmente, um “descanso”, com o plantio de alguma outra cultura que a recupere, como amendoim ou soja. “Além disso, os defensivos utilizados para o cultivo da cana-de-açúcar são muito agressivos e podem ser prejudiciais à outros tipos de culturas, se plantadas próximas”, enfatiza.

O deputado acha que é necessário algum tipo de rodízio de culturas, mas somente estabelecer o percentual de reserva de área, sem um prazo de adaptação e sem analisar as questões técnicas, pode trazer prejuízos aos agricultores de cana-de-açúcar.

Os deputados Adilson Barroso e Edson Gomes, autor do projeto, obtiveram vistas conjuntas do tema a fim de apresentar os aperfeiçoamentos necessários.

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