O uso de milho para ração animal, fabricação de etanol e exportação nos Estados Unidos deve superar a safra do País em 25,4 milhões de toneladas no ano que vem, o que reduzirá os estoques pela metade e levará ao maior preço pago aos produtores em uma década.
“Isso será visto como um prenúncio da iminente escassez de milho”, disse o consultor John Schnittker.
A expectativa de maior demanda pelo grão elevou as cotações na Bolsa de Chicago na sexta-feira. Os contratos para dezembro encerraram o pregão valendo 314,50 centavos de dólar por bushel, variação de 5,4% em relação ao dia anterior.
Com a colheita de milho a todo vapor, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) prevê uma safra de 277 milhões de toneladas, a terceira maior da história, mas aquém do previsto em setembro, devido à seca e à redução de 1% na área cultivada. O consumo foi estipulado em 302,7 milhões de toneladas. Os estoques de milho devem encolher para 25,3 milhões de toneladas, o segundo menor estoque em uma década.
Um quinto da safra de milho dos Estados Unidos será usada para a fabricação do álcool combustível.