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Demanda por derivados em 2005 é inferior à projeção da PETROBRAS

O diretor de abastecimento da Petrobras , Paulo Roberto Costa, afirmou nesta segunda-feira que o crescimento da demanda por derivados do petróleo em 2005 ficou aquém das expectativas da estatal.

A previsão da empresa, no início do ano passado, era de expansão entre 2,6 e 2,8 por cento. Costa disse que entre janeiro e novembro a demanda por derivados cresceu em torno de 2 por cento.

“Não temos ainda os dados de dezembro. Mas pela projeção, ficaremos abaixo da previsão para 2005… o PIB ficou abaixo do que se esperava. Outro fator foi a queda da safra no Sul do país, que diminuiu a demanda”, comentou ele a jornalistas.

O executivo declarou, sem citar os percentuais, que a gasolina e o diesel foram os combustíveis que apresentaram desempenho abaixo das estimativas.

Em 2004, o crescimento da demanda por derivados frente a 2003 foi de aproximadamente 2,5 por cento. A previsão da Petrobras para 2006 é de 2,6 por cento de aumento da demanda. “Essa é a previsão que consta no nosso plano de negócios.”

ÁLCOOL

A Petrobras estima exportar entre 200 milhões e 250 milhões de litros de álcool em 2006. Em 2004, segundo dados fornecidos por Costa, a Petrobras exportou 50 milhões de litros de álcool.

Os destinos do combustível este ano serão, principalmente, Nigéria e Venezuela.

PETROQUÍMICA

O diretor da Petrobras disse ainda que a planta petroquímica prevista para ser construída no estado do Rio de Janeiro e com início de operação a partir de 2011 pode ser localizada no município de Travessão, a cerca de 40 quilômetros da cidade de Campos.

Até então, a estatal cogitava apenas as cidades de Campos e de Itaguaí para receber a nova unidade.

O local para construção do pólo petroquímico –incluindo primeira, segunda e terceira gerações, com a Petrobras participando das duas primeiras fases– divide opiniões no Estado. O investimento total previsto no pólo é de 9 bilhões de dólares.

“Esperamos resolver a localização no primeiro trimestre, mas não vamos resolver nada no calor das emoções”, disse Costa.