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Demanda por cogeração na América do Sul surpreende

Enquanto na África o foco é produção de açúcar e álcool, na América Central e, principalmente, na América do Sul, vem crescendo o interesse por projetos de cogeração de energia. A Sermatec, uma das líderes em fornecimento de caldeiras para usinas, está em negociação final de oito projetos de co-geração com bagaço de cana demandados pelos países da região e também pelo México. Somente essas propostas devem representar US$ 150 milhões ao faturamento da empresa neste ano.

Entre os países que estão demandando essas usinas estão Guatemala, além de Argentina, Chile e Bolívia, segundo Anderson Esgrinholi, diretor-industrial da Sermatec. “A América Central sempre adquiriu nossa tecnologia para co-geração e agora estão ampliando a capacidade. Mas países da América do Sul, como Argentina e Bolívia, tem surpreendido”, diz Esgrinholi.

A Sermatec já possui 22 projetos para cogeração de ener! gia por biomassa instalados na América Latina, totalizando o equivalente a 598 Megawatts por hora (MW/h). Na América Central há elevada necessidade de aumento de uso de fontes renováveis, segundo Cleber Guarani, da FGV Projetos. Alguns desses países, como El Salvador, possui apenas planta de desidratação de etanol. A maior parte do produto vem do Brasil, é processado e exportado aos EUA sem a taxa de 54 centavos de dólar por galão.

Mas a FGV Projetos há quase dois faz levantamento nesses países para identificar o potencial de investimento. O mais avançado está em El Salvador, onde o Banco Interamericano de Desenvolvimento apoia a elaboração de projeto de usina de etanol para moagem de 1,5 milhão de toneladas. (FB)