Apesar de a presença de cursos superiores voltados para a cadeia produtiva da cana-de-açúcar em instituições públicas da região ainda ser tímida, a demanda do mercado por mão de obra especializada já faz surgirem iniciativas e novos projetos para o setor.
Na USP Ribeirão, todos os alunos da graduação podem participar de um curso sobre o setor sucroalcooleiro voltado para a cadeia da cana-de-açúcar, de acordo com o professor de estratégia da FEA-RP Marcos Fava Neves. Com duração de 40 horas, o curso tem como meta oferecer noções básicas sobre o funcionamento do setor sucroalcooleiro para estudantes de várias áreas, da química à economia.
“É um segmento que carece de mão de obra qualificada. E que, toda vez que cresce, sofre com essa escassez de profissionais”, afirma Neves.
De acordo com ele, até 2012, a universidade poderá ampliar sua participação no setor sucroalcooleiro com a Universidade da Cana, projeto para um curso de pós-graduação que atraia profissionais das áreas de química, biologia, economia e administração, entre outros, para aproveitar a vocação da região de Ribeirão.
“Ribeirão Preto é a capital mundial do etanol e nós podemos trabalhar em todas as áreas para aproveitar esse potencial”, afirma Neves.
As articulações estão sendo feitas entre representantes de vários cursos da USP de Ribeirão, segundo Neves, que está à frente das articulações para a criação da nova especialização. Em Jaboticabal, desde 2008 a Fatec (Faculdades de Tecnologia), do governo do Estado, oferece o curso superior em bionergia sucroalcooleira.
O curso, com 80 vagas, tem suas aulas na Unesp de Jaboticabal, que, junto com entidades empresariais do setor, ajudou na formulação na grade curricular da graduação.
No ano que vem, Guariba também ganhará um curso do governo estadual voltado para a produção de açúcar e álcool, mas de formação técnica e direcionado a alunos que estão ingressando no ensino médio.