As cifras são controvertidas, mas tudo indica que o Brasil terá um acréscimo na sua receita com exportações de açúcar refinado de pelo menos US$ 494 milhões, com a decisão da comissão de arbitragem da Organização Mundial do Comércio (OMC) de que, a partir de 22 de maio de 2006, a União Européia terá de limitar suas exportações subsidiadas a 1,27 milhão de toneladas anuais e os benefícios a € 499,1 milhões.
O total das perdas com os benefícios aos exportadores europeus foi calculado pela organização não governamental inglesa Oxfam. Para os usineiros paulistas, segundo Eduardo de Carvalho, presidente da União da Indústria Canavieira de São Paulo, o prejuízo brasileiro seria maior. “De vários bilhões de dólares”, declarou sexta-feira, sem precisar o total.
Para o Plínio Nastari, da empresa de consultoria Datagro, as perdas chegariam a US$ 3 bilhões. Carvalho fez um cálculo rápido para concluir que o mercado poderá crescer em US$ 900 milhões apenas por conta do que deixará de ser vendido pelos europeus: em torno de 3 milhões de toneladas ao ano.