Mercado

De olho nos EUA, Brasil aposta em parcerias com América Central

Após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a El Savador, Guatemala e Costa Rica, foi anunciado que o objetivo do governo é utilizar a mesma estratégia de aproximação existente com o México, para que produtos brasileiros entrem mais facilmente nos Estados Unidos .

“Todos esses países possuem tratado de livre-comércio com os Estados Unidos e é importante que a gente construa parceria, sobretudo na área do biocombustível, para, por meio deles, vender o etanol brasileiro aos Estados Unidos”, disse Lula em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.

De acordo com o professor das Faculdades Integradas Rio Branco, Guilherme Antonio de Moura Costa, “O Brasil já faz essa parceria com o México, no setor automobilístico, ou seja, nós vendemos carros para o México e o México vende carros para o Brasil. Assim, nós repassamos para os países do Mercosul e os mexica nos repassam para os EUA, ambos saem ganhando”.

Ele acrescenta que “isso aumenta a entrada de produtos dos dois países em outros países, sendo que não há uma grande alteração tarifária. Os produtos chegam com preços mais acessíveis para os EUA e para o Mercosul, mesmo com o lucro obtido pelo Brasil e pelo México na revenda”.

Sobre a Guatemala, o presidente destacou o que considera uma parceria extraordinária na construção de política públicas, principalmente na área social. O país, segundo ele, reproduz estratégias brasileiras adotadas pelo atual governo como o Bolsa Família, o Restaurante Popular e o Escola Aberta. Em relação Costa Rica, Lula disse que o país apresenta uma imensa possibilidade de exportação de engenharia brasileira como serviços para construção de estradas, de aeroportos e de hidrelétricas.

Colômbia

Em reunião realizada pela Comissão Mista Brasil-Colômbia, em Cartagena das Índias, com a presença do ministro das Relações Exteriores, Ce lso Amorim, os dois países firmaram acordos de cooperação na área de destinação de lixo, processamento de madeira e propriedade intelectual. Também foram discutidas iniciativas conjuntas para a Amazônia, nos campos de proteção ambiental e vigilância de fronteira.

Segundo a assessoria do Itamaraty, outros projetos tratados pelo órgão visam o estímulo do ensino da língua espanhola no Brasil e da língua portuguesa na Colômbia, além de uma cooperação bilateral em biocombustíveis. A Colômbia é o segundo produtor de etanol na América Latina e primeiro de biodiesel.

Os encontros entre representantes diplomáticos devem ser intensificados.