O empresário Plínio Nastari, presidente da Datagro, uma das principais consultorias sucroalcooleiras do país, traçou um perfil da safra 2003/04 ontem, durante o II Workshop de açúcar e álcool promovido pelo JornalCana.
Na safra 2002/03, a produção brasileira de cana ficou em 320,95 milhões de toneladas, das quais 269,45 milhões de toneladas no Centro-Sul e 51,50 milhões de toneladas no Nordeste. A oferta de ATR ficou em 45,989 milhões de toneladas, um crescimento de 13,4% sobre a safra anterior. A oferta de açúcar ficou em 22,375 milhões de toneladas – 18,7 milhões de toneladas no Centro-Sul e 3,675 milhões de toneladas no Nordeste. O consumo foi de 22,317 milhões de toneladas, o que inclui 13,250 milhões de toneladas para exportação e 9,067 milhões de toneladas para o mercado interno.
Para o álcool, a produção brasileira atingiu 12,620 bilhões de litros, para um consumo de também 12,620 bilhões de litros, considerando um volume de 6,496 bilhões de litros para anidro, 4,594 bilhões de litros para hidratado, 0,050 bilhão de litros para o segmento alcoquímica, 0,860 bilhão de litros para outros fins e 0,620 bilhão de litros para outros fins.
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Segundo Nastari, a demanda de álcool deverá crescer cerca de 630 milhões de litros por ano e que as exportações deverão se aquecer a partir do segundo semestre, se confirmados os embarques para o Japão. Ele observa que entre 1975, com o surgimento do Proálcool, e 2002 um total de 207,3 bilhões de litros de gasolina foram substituídas pelo álcool.
No caso do açúcar, Nastari afirma que o excedente exportável deverá ser menor que o da safra 2002/03. A estimativa da Datagro é de que os embarques somem 9,7 milhões de toneladas no Centro-Sul e um total de 11,2 milhões de toneladas em todo país, contra os 13,2 milhões de toneladas da safra atual.
Os preços para o açúcar, segundo ele, deverão se manter firmes em razão da menor oferta do Brasil e também da redução da produção de países, como Austrália, Cuba e Tailândia.
Na safra 2003/04, os dados da Datagro apontam para uma produção de 330 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, das quais 282 milhões de toneladas no Centro-Sul e 48 milhões de toneladas no Nordeste (uma redução de 3,5 milhões de toneladas em função do El Niño). A oferta de ATR ficará em 46,890 milhões de toneladas, um crescimento de 2,1% sobre a safra anterior. A oferta de açúcar ficará em 20,790 milhões de toneladas – 17,340 milhões de toneladas no Centro-Sul e 3,450 milhões de toneladas no Nordeste. O consumo do país é estimado em 20,786 milhões de toneladas, o que inclui 11,4 milhões de toneladas para exportação e 9,386 milhões de toneladas para o mercado interno (o aumento é respaldado no aquecimento da economia e no programa Fome Zero).
Para o álcool, a produção brasileira poderá atingir 14,072 bilhões de litros, para um consumo de também 13,750 bilhões de litros, considerando um volume de 7,550 bilhões de litros para anidro, 6,522 bilhões de litros para hidratado. As exportações devem dobrar, para 1,120 bilhão de litros.
