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DATAGRO estima safra com 624,5 milhões de toneladas no Centro-Sul

Segundo a consultoria o clima favorável não comprometeu o planejamento da colheita

DATAGRO estima safra com 624,5 milhões de toneladas no Centro-Sul

624,5 milhões de toneladas. É o que projeta para a safra 2023/24 na região do Centro-Sul, a DATAGRO. A produção de açúcar estimada em 40,30 milhões de toneladas, com um mix açucareiro em 48,6%.

“Desde agosto de 2023, o mix para açúcar tem superado a máxima dos últimos 10 anos, estabelecendo novos recordes”, ressalta a consultoria. Com relação ao rendimento, prevê-se 139,40 kg ATR/t, um recuo de 1,0% ante 2022/23.

A produção de etanol está prevista em 32,30 bilhões de litros, contra 28,91 bilhões de litros em 2022/23. Os números foram divulgados na manhã desta segunda-feira (23), durante a 23ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo – SP.

Segundo a consultoria, o ciclo 2023/24 foi beneficiado pelas precipitações favoráveis em 2022 e 2023, sem registros de geadas, o que não comprometeu o planejamento da colheita.

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José Orive

Para o Norte/Nordeste, a DATAGRO projeta a moagem de cana de 2023/24 em 62,0 milhões de toneladas, um aumento de 0,6% na comparação com o ciclo anterior, com incremento de 7,0% na produção de açúcar, para 3,60 milhões de toneladas, com mix açucareiro em 48,4%.

A produção de etanol está prevista em 2,35 bi de litros, em consonância com 2022/23. Em relação ao rendimento, estima-se 126,00 kg ATR/t, crescimento de 2,7% ante 2022/23.

Para a safra 2024/25, os primeiros números da DATAGRO apontam para uma moagem de cana no Centro-Sul de 620 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 0,7% ante 2023/24, com produção de açúcar em 42,60 milhões de toneladas (+5,7%), com mix açucareiro em 51,8%.

Quanto ao etanol, a produção é estimada em 31,32 bi de litros (-3,0%).

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Mercado de açúcar

Em um cenário de oferta apertada e preços com tendência altista, a safra mundial 2023/24 de açúcar, que corresponde ao intervalo entre outubro de 2023 até setembro de 2024, deve apresentar déficit de 2,1 milhões de toneladas, aponta a mais recente estimativa da Organização Internacional do Açúcar (OIA), divulgada na Conferência DATAGRO, pelo diretor executivo da entidade, José Orive.

A produção mundial, segundo a OIA, deve ficar em torno de 174,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo global está previsto em 176,96 milhões de toneladas.

De acordo com Orive, o Brasil deve continuar liderando as exportações mundiais, com o embarque de 28 milhões de toneladas, seguido por Tailândia e Índia. Segundo o diretor executivo da OIA, os preços internacionais do adoçante provavelmente devem permanecer elevados neste ciclo.