A despeito da queda gradativa do juro, o nível de crédito ofertado pelos bancos ainda é baixo e a ” demanda não é significativa ” . Para o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, há três fatores chaves do lado da demanda: o custo do dinheiro ” ainda está elevado ” , a renda do brasileiro ” sem dúvida está baixa ” e há desconhecimento dos clientes sobre o empréstimo com desconto em folha de pagamento, por exemplo.
” Eu esperava volumes mais altos para o crédito em consignação”, disse Ferreira, sobre o programa lançado pelo governo em setembro do ano passado. Ele não deu números sobre dezembro, mas disse saber que o alcance da linha ainda é pequeno. Uma das causas, segundo o presidente da Febraban, pode ter sido a demora em negociações das centrais sindicais com as instituições financeiras.
” O processo ainda não chegou ao conhecimento total dos trabalhadores ” , acredita Ferreira.
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Esse crédito tem custo entre 1,75% a 3,75% mensais, sendo mais caro para quem não é sindicalizado, mas depende de acordos formais entre as centrais sindicais, bancos e as empresas.
Do lado da oferta, o presidente da Febraban disse que os bancos têm reduzido os juros, acompanhando o Banco Central. Mas lembra que existem custos adicionais, como o aumento da Cofins, de 3% para 4% no ano passado, além dos depósitos compulsórios cujas alíquotas o BC não tem aliviado.
