A empresa Algae Biotecnologia pretende lançar comercialmente no Brasil, até 2015, um biocombustível a base de microalgas, destinado ao mercado da aviação. O projeto piloto deverá ser implantado em 2013.
As microalgas são microorganismos cultivados inicialmente em reatores onde são alimentadas por nutrientes e CO2 para que sua população dobre a cada dois dias. O resultado é uma grande quantidade de biomassa rica em óleo que pode ser extraído e transformado em biodiesel e bioquerosene para aviação.
Atualmente, seis pessoas trabalham nos laboratórios da Algae no Brasil. Em breve mais seis profissionais realizarão pesquisas no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos (CCA- UFSCar), buscando uma forma de integrar o cultivo de microalgas com usinas de açúcar e etanol.
O cultivo de microalgas pode ser integrado a usinas do setor sucroenergético, com a utilização de subprodutos da produção do etanol, como a vinhaça. Esta integração permite a economia de insumos fósseis para a produção de biodiesel de microalgas.
A biomassa bruta originada nos cultivos de microalgas também pode ser utilizada como substrato para biodigestores gerando biogás e biofertilizantes ou na alimentação animal, já que o material contém proteínas.
Os microorganismos também podem ser usados no tratamento de águas residuais de processos industriais, como a desintoxicação biológica e remoção de metais pesados. O cultivo de microalgas integrado às Estações de Tratamento de Efluentes ajuda na despoluição.
A Algae Biotecnologia já cultiva microalgas no Brasil. Desde 2009, a empresa integra o Grupo Ecogeo, que inclui empresas de remediação ambiental, mercado de carbono e energias renováveis.