O cultivo do crambe (Crambe abssynica Hoechst), uma planta leguminosa de boa produtividade e baixo custo de produção, é uma nova alternativa para a diversificação de matéria-prima na fabricação de biodiesel. A Rural Biodiesel, de Eldorado, MS, e a Biopetro, de Londrina, PR, estão fornecendo aos agricultores semente para o cultivo dessa planta, além de garantia de compra da produção. As duas empresas pretendem multiplicar 6,5 toneladas de sementes e realizar, até 2009, a extração do óleo dessa leguminosa para a produção de biocombustível.
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O crambe, que é uma cultura de inverno – com origem nas regiões banhadas pelo Mar Mediterrâneo – teve seu cultivo iniciado no Brasil em 1995, na estação de pesquisa da Fundação MS, em Maracaju. A lavoura é tolerante à seca e geadas, sendo totalmente mecanizada do plantio à colheita, possibilitando, no entanto, o aproveitamento dos mesmos equipamentos empregados em outras culturas de inverno. Não é suscetível a pragas e doenças. A semente do crambe rende de 26% a 38% de óleo em relação ao seu peso, com ótima qualidade para a fabricação de biodiesel. A produção nas lavouras em Mato Grosso do Sul, acompanhadas pelos pesquisadores, apresentou rendimento entre 1.000 a 1.500 quilos de grãos por hectare. Mas, pode chegar a 2.000 quilos dependendo das condições de fertilidade do solo.
