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Crise ameaça parcerias

Apesar da ordem de investir, a crise financeira mundial interrompeu as conversas sobre novas parcerias entre o governo do estado e a Prefeitura do Recife. O governador Eduardo Campos (PSB) e o prefeito João da Costa (PT) esperam ter uma perspectiva mais clara das receitas do estado e da cidade para retomarem as discussões sobre projetos conjuntos. O governo federal já anunciou medidas para compensar as perdas dos municípios com a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Há a expectativa do anúncio de compensações para as perdas dos estados também.

“A partir do que tiveremos de reposta do governo federal e sabermos mais claramente qual a previsão de receitas, vamos voltar a conversar sobre parcerias”, afirmou o prefeito. Eduardo e João da Costa viajaram juntos para Brasília (DF) na última quarta-feira no jatin! ho utilizado pelo governador. Aproveitaram as três horas do percurso para tratar de assuntos de interesse comum aos governos estadual e municipal. O prefeito iria viajar em um voo comercial,mas recebeu convite do governador para acompanhá-lo. Eduardo foi a Brasília para uma reunião com o presidente Lula sobre os reflexos da crise nos estados do Nordeste e também para conversar com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sobre o setor sucroalcooleiro. O prefeito participou da eleição da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e para uma reunião audiência com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Ao assumir, João da Costa afirmou que iria fortalecer as parcerias com o governo do estado, principalmente nas áreas de saúde e segurança nas comunidades. Está sendo preparada uma mudança no sistema de atendimento de urgência e emergência na RMR – o prefeito chegou a apresentar as propostas ao ministro Temporão. O estado implanta! rá as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e o Recife receberá seis delas. Esse é um dos temas que o governo e a Prefeitura pretendem aprofundar.

A única reunião oficial entre Eduardo e o prefeito aconteceu no início de janeiro. Eles chegaram a agendar um novo encontro para o dia3 de fevereiro, mas não foi realizado. Naquela ocasião, foram discutidos assuntos, como mobilidade urbana, saneamento, saúde e segurança.