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Criadores brasileiros apresentam gado zebu aos árabes

A qualidade do zebu brasileiro, sua genética e a tecnologia de ponta desenvolvida para o manejo dos animais estão sendo divulgados na Feira do Cairo por meio do consórcio Brazilian Cattle Genetics (BCG). Trata-se de uma cooperação técnica e financeira entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e a Agência de Promoção das exportações do Brasil (Apex-Brasil).

Dirigentes da ABCZ viajaram para o Cairo no dia 12 de março, cinco dias antes de a feira começar, para terem tempo de visitar centros de produção pecuária, universidades, empresas ligadas ao comércio de material genético e animais vivos. A BCG conta com espaço exclusivo na feira; todas os outros representantes brasileiros estão reunidos no estande montado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).

“A gente também fez contatos com o governo egípcio e visitamos o Instituto de Pesquisa em Genética do Egito”, conta o supervisor de Relações Internacionais da ABCZ, Jorge Dias. “A feira está bem movimentada, já tivemos a oportunidade de conversar com diversos importadores e agendar reuniões com empresários do setor. A possibilidade de fechamento de negócios até o final da feira é muito grande”, garantiu.

Segundo Dias, a idéia é fazer com que o Brasil tenha uma representação forte no mercado árabe, como parte da ação global do consórcio para expandir a genética zebuína. “Estamos presentes pela abrangência e representatividade que a feira representa”, declarou.

Na área internacional, os criadores de zebu brasileiro fecharam o ano de 2003 com bons motivos para comemorar. A criação do Brazilian Cattle Genetics prevê um investimento de R$ 2,6 milhões em marketing para a promoção do material genético do gado zebuíno no exterior.

A meta é ambiciosa: aumentar para US$ 14,8 milhões as exportações de sêmen, embriões e animais vivos de alta linhagem até o final de 2004. Em 2002 o montante exportado foi de US$ 823 mil.

Para atingir esse valor, a ABCZ está iniciando o projeto com três empresas exportadoras. Mas, no ano que vem, outras 14 empresas estarão aptas a entrar no mercado internacional, contribuindo para o crescimento das vendas. Com isso, o setor irá gerar 600 novos postos de trabalho.

As estratégias vão se concentrar inicialmente em dez países, distribuídos em quatro continentes. O núcleo de exportação pretende atingir em 2006 negócios na ordem de US$ 200 milhões anuais, com a comercialização de sêmen, embriões e animais vivos.

O objetivo do BCG é negociar com o exterior um volume anual em vendas de 300 mil doses de sêmen, 20 mil embriões e 350 mil bovinos (50 mil puros e 300 mil comerciais). (Fonte: Agência Brasil)