As usinas do Nordeste devem encerrar a safra 2004/05 com exportações recordes de álcool. Os embarques devem ficar entre 660 milhões e 720 milhões de litros, com aumento médio de 72% sobre o ciclo anterior, segundo estimativa preliminar de Renato Cunha, presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Pernambuco (Sindaçúcar).
A expectativa é de que as usinas nordestinas mantenham seu perfil exportador, em função da maior liquidez e velocidade de vendas do produto, propiciando um fluxo de caixa mais rápido, disse Cunha.
A safra do Nordeste, que termina em abril, deve ficar entre 60,5 milhões e 61 milhões de toneladas, abaixo da expectativa anterior, de 63 milhões, por conta do clima seco. Na safra 2003/04, a colheita ficou em 59,9 milhões de toneladas. A produção de açúcar na região crescerá 6,2%, para 4,77 milhões de toneladas, das quais 2,8 milhões de toneladas serão exportadas. A oferta de álcool na região será de 1,8 bilhão, 4,6% acima de 2003/04.
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Cunha disse que as usinas vão priorizar a produção de álcool na próxima safra, a 2005/06, com colheita a partir de setembro, por conta das exportações e da maior demanda no país, impulsionada pelos carros bicombustíveis. A produção desses veículos representou 31,4% do total fabricado em janeiro, segundo a Anfavea (associação das montadoras).
Em Alagoas, maior Estado produtor, a colheita de cana será de 26,5 milhões de toneladas, de acordo com as usinas do Estado. Em Pernambuco, segundo maior produtor da região, o processamento será de 17,2 milhões de toneladas, com recuo de 1,7% sobre a safra anterior. As usinas pernambucanas deverão produzir 1,4 milhão de toneladas de açúcar e 424 milhões de litros de álcool.
