Mercado

Cresce demanda por crédito no Mato Grosso do Sul

Até outubro deste ano, a demanda por linhas de crédito do FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, para o setor empresarial do Mato Grosso do Sul, cresceu 77% em relação aos 12 meses de 2006. Os financiamentos para indústria, comércio e serviços alcançaram este ano R$ 142 milhões.

Dentro do setor empresarial, a maior demanda ficou por conta da indústria, que representa R$ 75 milhões do total. As linhas de crédito do FCO são destinadas principalmente usinas de álcool e açúcar, frigoríficos e laticínios, mas há também outros segmentos em expansão, como, por exemplo, a indústria têxtil.

Segundo informações do Banco do Brasil, juntos, os setores empresarial e rural (representado principalmente pelos grãos) somam R$ 314 milhões do FCO, um aumento de 22% frente aos R$ 257 milhões registrados em todo o ano passado.

A previsão é que as liberações de investimento cheguem a R$ 400 milhões até o fim do ano, sendo 50% dos recursos para investimentos na área rural e outros 50% na área empresarial.

Recuperação

O crescimento previsto para 2007 mostra a recuperação dos setores rural e empresarial do Centro-Oeste. No ano passado, a crise da agropecuária na região comprometeu a liberação de recursos do FCO. A tomada de empréstimos foi dificultada pelo aumento no custo de produção das lavouras, pelo endividamento do setor, além de problemas cambiais.

Por conta da crise, R$ 1 bilhão deixou de ser emprestado pelas agências do Banco do Brasil – instituição financeira que opera o fundo – por falta de interesse e condição das empresas. Em 2005, o volume de recursos represado no banco chegou a R$ 650 milhões.

Crédito

As linhas de crédito do FCO beneficiam os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. O Governo determina que 51% dos recursos devem fomentar projetos desenvolvidos por mini e pequenos produtores rurais e micro e pequenas empresas interessadas em expandir a produção.