São Paulo, Compras de casas comerciais dos EUA no mercado físico elevam preços. Após duas quedas, os preços internacionais do açúcar voltaram a subir ontem. Na Bolsa de Nova York, o contrato com vencimento em maio subiu 1,34%, fechando cotado a 18,20 centavos de dólar por libra-peso. Embora o comportamento fosse previsível, por causa da oferta restrita no mercado internacional, a elevação do açúcar foi impulsionada por um movimento de compras por parte de casas comerciais nos Estados Unidos.
“Apesar de negociarem açúcar no mercado físico, esses estabelecimentos atuam como grandes especuladores no mercado internacional”, explica Gil Barabach, da consultoria Safras & Mercado.
A abertura de uma licitação da Indonésia para compra de 50 mil toneladas de açúcar refinado também animou o mercado, que especula sobre novas encomendas por parte de Indonésia, Síria, Índia, Irã e China ainda em fevereiro. “Embora esses países não tenham se manifestado publicamente, os números de produção e estoque indicam que eles terão de ir ao mercado no curto prazo”, afirma.
Soja
Os contratos de soja com vencimento em maio fecharam ontem em queda de 2,39%, na Bolsa de Chicago, cotados a 592,25 centavos de dólar por bushel (US$ 13,06 a saca). Segundo o analista de commodities da Cerealpar, Steve Cachia, uma forte desvalorização era esperada a qualquer momento, pois havia a percepção no mercado de que o preço do grão já estava perto de seu limite de alta, em um cenário considerado baixista para as cotações, marcado por estoques elevados e expectativa de aumento de oferta. “O mercado dava sinais de que poderia ir mais longe, mas sabíamos que estávamos chegando perto do limite”, afirma.