Mercado

Cosan: preços do açúcar e altos custos devem resultar em fracos resultados

Na véspera da divulgação de seus resultados referentes ao primeiro trimestre fiscal de 2009, não há otimismo com a Cosan (CSAN3). Ao menos é o que mostra as projeções dos analistas do Bradesco e do Unibanco para os números da maior sucroalcooleira do País.

Para o Bradesco, sem diferir do resto do setor, as expectativas para os resultados da Cosan são pessimistas, principalmente por conta das fortes chuvas que atrasaram o início da colheita na região Centro-Sul, bem como à queda nos preços do açúcar de 7,3% no trimestre.

Outro ponto destacado foi o fato de a empresa ter adotado a estratégia de retenção de vendas, a fim de esperar por melhores preços nos próximos trimestres. Até o momento, a companhia tem sido bem sucedida, com a alta dos preços prometendo favorecer substancialmente o setor como um todo.

Na mesma linha, na opinião do Unibanco, o balanço da Cosan será afetado principalmente pelo cenário pouco atrativo de custos elevados para a colheita de açúcar e etanol. No entanto, o banco acredita que os indicadores operacionais podem melhorar nos próximos meses, mas não são positivas as perspectivas para a atual safra.

Projeções operacionais

Conforme análise do Bradesco, a projeção para receita líquida é de R$ 652,2 milhões, como resultado de uma venda de 796 mil toneladas açúcar. O banco espera ainda um Ebitda (medida operacional de geração de caixa) de R$ 24,7 milhões e um prejuízo líquido de R$ 49,2 milhões no período.

Já para o Unibanco, as expectativas são de um aumento na receita líquida em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 653,6 milhões. A indústria de açúcar e etanol no Brasil está sendo pressionada pelos preços de fertilizantes e a Cosan não deve ser exceção a este cenário. Desta forma, o Ebitda estimado é de R$ 24,5 milhões.