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Cosan estréia na Bolsa e planeja "alcoolduto"

O diretor-presidente da Cosan, Rubens Ometto, disse que os recursos obtidos com o lançamento das ações do grupo, maior produtor de açúcar e álcool do país, na Bovespa vão ser reinvestidos na companhia. No primeiro dia de negócios, as ações ordinárias da Cosan fecharam em R$ 55,60 na Bovespa. O preço inicial na oferta pública foi de R$ 48,00.

Conforme Ometto, a intenção é elevar a capacidade de produção da empresa. A construção de um “alcoolduto” para exportar o combustível de São Paulo também está nos planos da Cosan, que faz estudos sobre a viabilidade do projeto com usinas, como a Copersucar e Nova América, além da Petrobras, governo paulista e União. O “alcoolduto” ligaria regiões produtoras, como Ribeirão Preto e Piracicaba, ao Porto de Santos, São Sebastião ou Rio.

O presidente da Cosan observou que, dos recursos obtidos com a operação, cerca de R$ 78 milhões serão destinados a pagamentos pela compra da Destivale, em Araçatuba (SP), e R$ 13 milhões serão investidos no terminal para exportação de álcool do Porto de Santos. A empresa não confirma, mas são fortes os rumores de que usará os recursos também para comprar a usina Corona.

Pelo anúncio divulgado ao mercado na quinta-feira, a oferta da Cosan teve valor de R$ 770,232 milhões. O vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan, Paulo Diniz, disse que 30% dos papéis foram vendidos no mercado brasileiro e 70% no exterior, pouco mais da metade nos EUA e o restante na Europa. (* Do Valor Online)