Mercado

Cosan duplicará a oferta de açúcar refinado

O Grupo Agroindustrial Cosan, maior produtor de açúcar e álcool do País, duplicará este ano a oferta de açúcar refinado no mercado mundial. A expectativa da empresa é ampliar de 200 mil para 400 mil toneladas de açúcar branco. Esta foi a razão central para a decisão tomada pela companhia de adquirir uma nova unidade industrial, a Usina Usati, instalada na cidade de Ilhota, município localizado a 110 quilômetros de Florianópolis (SC).

“Buscamos a diversificação da produção com o objetivo de crescer a oferta de açúcar com maior valor agregado, principalmente para o mercado de exportação”, disse Pedro Isamu Mizutani, diretor do grupo. A nova unidade industrial também reforçará a oferta de açúcar refinado para o mercado interno.

A maior parte da exportação do Grupo Cosan é de açúcar bruto, o chamado VHP, produto com valor menor que o refinado no mercado internacional, de cerca de U$ 130 a tonelada. O açúcar refinado tem preço de US$ 190 por tonelada. A refinaria que acaba de ser comprada, rebatizada de Nova Usati, é pequena frente a outras unidades do grupo. Tem capacidade para produzir 24 mil toneladas de açúcar por mês, o equivalente a 30% da maior unidade da companhia a Usina da Barra, adquirida no ano retrasado.

A refinaria, a 13ª unidade de produção de açúcar, é a primeira fora do estado de São Paulo. “Era uma refinaria que estava à disposição para venda e tinha condições para uma negociação satisfatória”, disse o executivo. De acordo com Mizutani, o negócio não teve pagamento à vista. “Foi parcelado”, resumiu o executivo. Os termos do contrato e o valor não foram divulgados. Mizutani afirmou que o grupo observa “outras oportunidades” de negócios fora do território paulista.

Com faturamento previsto de R$ 2,2 bilhões para este ano, o grupo Cosan tem demonstrado força para crescer. Tem capacidade total para moer 30 milhões de toneladas de cana, produz cerca de 2,2 milhões de toneladas de açúcar e 1 milhão de metros cúbicos de álcool. Fora aquisições de ativos, informa Mizutani, a corporação tem feito investimentos em modernização e mudança de tecnologia de produção, além de redução nos custos de produção.