A Cosan pretende ampliar sua captação com bônus perpétuos para US$ 300 milhões, ante os US$ 250 milhões previstos anteriormente. O aumento deveu-se à demanda de US$ 2 bilhões pelos papéis. O título será resgatável após cinco anos, com taxa de rendimento de 8,5%. O preço do ainda será definido. De acordo com os analistas, a expectativa para a empresa continua sendo positiva, mesmo após a forte valorização de 37,68% registradas apenas esse ano.
A Cosan possui atualmente 60% da capacidade da oferta mundial de açúcar, mas não é formadora de preços. Entretanto, com o final dos subsídios na Europa, a empresa poderá aumentar suas margens na região. Na Europa, a matéria-prima utilizada para o combustível e o açúcar é a beterraba, que possui custo relativo superior ao da cana.
Para os analistas, a empresa também conta com outro ponto a ser favor, que o aumento por combustíveis alternativos, como o álcool. No mercado de automóveis de hoje mais de 60% dos veículos são do tipo flex fluel, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A empresa trabalha com a proporção de dois terços da cana para a produção de açúcar e um terço para o álcool. Entretanto, há condições para se modificar essa proporção, caso a demanda assim exija.
A Cosan possui ainda alta capacidade de estocagem, o que é muito importante durante a entressafra, período em que os derivados da cana costumam ter alta nos preços.
O Credit Suisse First Boston e Morgan Stanley são os coordenadores da operação, e a emissão recebeu a classificação “Ba2” da Moody”s Investors Service e “BB” da Standard & Poor”s.